Deixa Vitória Cury saber.
USP tem "beijaço" após casal gay ser expulso de festa.
Um "beijaço" gay foi realizado na noite desta-sexta-feira (31) na USP como protesto contra a polêmica gerada pela agressão de um casal homossexual em uma festa na semana passada, no curso de veterinária da universidade.
Segundo a Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), que promoveu o beijo coletivo entre pessoas do mesmo sexo, ao menos 300 pessoas eram previstas para participar da manifestação. O "beijaço" contou com apresentação dos atores do Espaço dos Satyros.
O protesto começou por volta das 22h, em frente ao prédio da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP. O grupo seguiu a pé fazendo um apitaço até a veterinária, onde os estudantes realizariam o "beijaço".
O local exato era o centro acadêmico Moacyr Rossi Nilsson, onde ocorreu a agressão aos dois jovens. Os estudantes de letras, Jarbas Rezende Lima, 25, e José Eduardo Góes,18, que afirmam ser apenas amigos, contam ter sido expulsos por "empurrões e pontapés" depois de um beijo no palco de um baile funk promovido por alunos de veterinária na sexta-feira (24).
Segundo a versão deles, contada em entrevista à Folha, entre demais beijos de casais mistos, o DJ da festa interrompeu a música, acendeu as luzes e apontou para Lima e Góes. Mesmo constrangidos, os dois continuaram a se beijar até que foram empurrados para o chão por outro aluno. Na troca de insultos, os dois foram expulsos.
A dupla registrou queixa por constrangimento ilegal e lesão corporal na Decradi, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. Um inquérito foi aberto e, segundo a Secretaria da Segurança Pública, o caso será investigado.
A reitoria da USP não quis comentar o caso.
Após o caso, o diretor do Espaço dos Satyros, Rodolfo García Vázquez, afirmou: "Queremos fazer uma intervenção e colocar todo mundo se beijando. É um absurdo o que aconteceu. A USP está virando a universidade dos aiatolás. Alguns atores vão lá e vamos ver se o pessoal perde essa atitude histérica."
Segundo reportagem da Folha, apenas alguns casais se beijaram em frente ao centro acadêmico. Por volta das 23h, a manifestação começou a se dispersar.
Um comentário:
Esse tipo de preconceito acontece sempre e as pessoas sempre tentam minimizar, dizendo que não foi pela questão sexual... humrum!
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