Miguel Falabella deu uma entrevista para o caderno Revista da TV, do jornal O Globo. Confira alguns trechos.
Depois de uma passagem pelo Itanhangá, Miguel Falabella está de volta à sua cobertura na Lagoa. É lá, num escritório cheio de fotos da família e alguns amigos - como Natália do Vale, Claudia Raia e Arlete Salles - que ele se divide entre escrever "Negócio da China", novela das 18h que estréia nesta segunda, e o humorístico "Toma lá, dá cá".
O GLOBO: Os autores costumam reclamar de excesso de trabalho. Você declarou que está escrevendo "Negócio da China", "Toma lá, dá cá" e "ainda faz sexo". Não tem medo de se enrolar com tantas tarefas?
MIGUEL FALABELLA: Nenhum. Eu consigo fazer tudo, mas com disciplina. Acordo cedaço e dou uma volta na Lagoa. Quando chego, tenho um gás de energia enorme e só de manhã consigo escrever dez boas páginas. É claro que me organizo e não perco tempo se tenho uma boa idéia. Eu escrevo logo. Antigamente, eu guardava tudo em pastas coloridas. O computador salvou a minha vida. Tenho um Windows dentro de mim.
E o fato de ser ator ajuda?
FALABELLA: Muito. Sei quando estou falando um mau texto, ficou nervoso. Leio todos os papéis em voz alta e vou andando pelo escritório. Gosto de conhecer o ator para quem escrevo, porque entendo a respiração dele.
Mas, no caso da Grazi Massafera, você não a conhecia antes. Isso foi ruim?
FALABELLA: Minha primeira opção para este papel era a Flávia Alessandra, que não topou porque estava emendando um trabalho no outro. Eu compreendi perfeitamente. Quando o Talma (Roberto Talma, diretor de núcleo) me ligou para falar da Grazi, ele achou que eu reagiria, e disse logo: "Miguel, não grite antes de pensar: vamos tentar a Grazi Massafera". Eu não gritei. E ela fez um ótimo teste, eu aprovei. No fim dessa novela, saberemos se ela se transformou numa atriz de verdade. Ela tem um aprendizado longo pela frente e sabe disso. Mas também tem carisma, é estudiosa, e, neste mundo de cachorras, sua gentileza salta como uma flor. É educada e não anda balançando a bunda por aí.
Fábio Assunção andou faltando a gravações. Você teme que isso venha a prejudicar a novela?
FALABELLA: O material dele está esplêndido. Ele quer muito fazer a novela e fazer bem. Preciso dele para segurar uma protagonista inexperiente. A relação dos dois personagens é complicada. É como uma tesoura que não corta, que "mastiga" o tecido. Eles se amam, mas não se entendem. Fábio tem consciência da responsabilidade com este papel. Problemas todos nós atravessamos.
Com tantas tarefas, ainda dá para se preocupar com a vaidade?
FALABELLA: Ah, dá. É uma questão de saúde. Quando vou sair, me arrumo. E quero envelhecer bem. Gosto de transar de luz acesa.
Já fez plástica?
FALABELLA: Fiz uma correção no nariz. Quando eu sorria, ele fazia um bico para baixo, eu não gostava. Foi enquanto o "Sai de baixo" estava no ar. Nos primeiros programas eu apareço com o nariz diferente. Botox eu já fiz, mas não faço há um tempão. Quando aparece uma coisa nova eu gosto de experimentar. Adoro uma moda!
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