SÚDITOS DE TODAS AS IDADES
Adolescentes que nasceram no ano em que Madonna veio pela primeira e única vez ao Brasil contam por que idolatram a rainha do pop
Elas mal usavam fraldas quando Madonna chamou de “bunda suja” a galera que lotava o Maracanã no show da turnê “The Girlie Show”, no distante ano de 1993. Antenadas com a nova fase da estrela americana, Priscilla Credie, Ana Luiza Pinheiro, Gabriela Lopes e Caroline Sasson, todas com 15 anos, querem mesmo é vê-la cantar “Give it to me” e “Four minutes”, hits do novo álbum “Hard candy”, no show de 14 de dezembro, no mesmo estádio.
— Se ela viesse com o Justin (Timberlake), então, seria um sonho! — suspira Priscilla Credie, que se diz fã de carteirinha.
— Compro tudo o que vejo dela pela frente, baixo na internet e estou contando os dias para vê-la!
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O ex-integrante do N’Sync e sua antiga namorada, Britney Spears, também são venerados pelas meninas, que aguardam com ansiedade o vídeo que a rainha do pop exibirá com a participação de sua discípula mais polêmica, na apresentação de “Human nature”. A atual rotina de escândalos de Britney está mais viva na memória de Ana Luiza do que as loucuras que Madonna já aprontou, como misturar elementos católicos a sexo num clipe, protagonizar um filme com sadomasoquismo e simular relações sexuais no palco.
— Todo mundo que é fã dela conhece os escândalos, mas a imagem que a minha geração tem na cabeça é a de diva da música pop, acima de tudo — derrete-se a estudante, que colocou o clipe de “Four minutes” no telão da sua festa de 15 anos.
— Ela está numa fase hip hop, que tem mais a ver com a gente. Comecei a gostar dela recentemente, e quem se apaixona vai atrás das músicas antigas.Entre as canções que não saem do iPod das meninas estão “Hung up” (mais “antiga”, segundo elas, do disco anterior, “Confessions on a dance floor, de 2005), “American life” e “Hollywood”, ambas de 2003.
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Todas elas lamentam, em coro, a ausência de “Like a virgin” (de 1984) no set list do show.
— Essa e “Material girl” são os meus clássicos prediletos — diz Gabriela Lopes, que começou a ouvir a cantora por causa dos pais, que têm CDs de “1996 ou 1994”, como ela confunde.
— Tocar “Vogue” e “Borderline” será muito legal.Caroline Sasson também vai longe no túnel do tempo e lembra que se encantou com a cantora por causa de “Nothing really matters”, do álbum “Ray of light”, de 1998.— Foi quando ela começou com as batidas eletrônicas. Ela é “a” cantora, porque sabe falar musicalmente para o público de todas as épocas — arremata.
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