BOTANDO A CORRESPONDÊNCIA EM DIA - Coluna do Xexéo
03/09/2008
Sem mais delongas, deixo aqui duas ou três cartas que chegaram ao colunista esta semana. Para o universo de nossos leitores, duas ou três cartas não são pouca coisa. Somam mais de 20% de nosso público. Foi uma semana movimentada no correio eletrônico. Comecemos por Luiza Carolina Zamagna, fã de Madonna e uma revoltada com a infiltração de VIPs nas platéias cariocas:
“Acho realmente incrível o seu trabalho de conscientização da chamada nova classe VIP abundante nos shows cariocas. Realmente é incrível sair de casa hoje em dia e não se deparar com alguma destas figuras (bem repetidas) tentando se esgueirar de alguma fila em algum canto da cidade. Até em festinhas eles aparecem, querendo dar uma de penetra.
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Venho aqui contribuir com a sua causa, até posso lhe dar alguma esperança dizendo que nem todos são assim. Hoje fui uma das milhares de pessoas que ficaram horas em uma fila para comprar, no shopping Via Parque, o ingresso para o show de Madonna e, para meu espanto, sim, tinha um global na minha frente durante as estimadas quatro horas em que fiquei na fila.
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O ator Guilherme Weber ficou lá, praticamente à paisana o tempo todo, portando-se como um mortal, sendo desrespeitado, derretendo de calor e testando sua paciência como todos nós. À sua saída, foi ovacionado por todos os presentes na fila. Será que eles estão ficando com vergonha ou mudando de vez?”
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Não quero decepcioná-la, Luiza Carolina, mas não acredito que eles estejam mudando de vez. Guilherme Weber é uma exceção. Quer ver a Madonna e fez o que todo mundo que quer ver a Madonna deveria fazer: foi comprar seu ingresso. Mas, acredite, a Turma do Fosso está bem quietinha em casa esperando chegar seu convite para o camarote. Quer dizer, há dois tipos de VIPs na Turma do Fosso: os que ficam quietinhos e os que já estão disparando telefonemas para amigos, amigos de amigos e amigos de amigos de amigos, tentando se incluir na lista de convidados. Da sua amável cartinha, só fiquei com uma dúvida: você diz que Guilherme Weber ficou “praticamente à paisana o tempo todo”. Hummm... Praticamente?
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