Nadismo (essa é boa) (mesmo)
A gente sabe que o povo adora inventar um assunto; principalmente a Revista O Globo, que sempre dá aquele tom que tá bombando, mas na verdade não passam de 4 pessoas.
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NADA MELHOR DO QUE NÃO FAZER
O Nadismo, movimento que reúne pessoas para ficar de bobeira, já tem mais de dois mil adeptos no Brasil
Reserve um tempo na agenda para fazer nada. Parece estranho, e é mesmo. Mas não custa tentar. É o que acredita o publicitário e designer gaúcho Marcelo Marboh, de 32 anos, o criador do Nadismo, um movimento que já tem mais de dois mil adeptos — gente entre 14 e 69 anos — no país. Praticar o Nadismo não tem contra-indicação, pode ser feito em qualquer lugar e é de graça. Mas atenção: passar o dia em frente à TV, fazer palavras cruzadas ou ler um bom livro não são a mesma coisa do que fazer nada.
— Nadismo é valorizar os momentos para fazer nada, sem cobrança, sem culpa — explica Marcelo. — Vale pensar em qualquer bobeira, menos usar esse tempo para ser mentalmente criativo.
Marcelo realiza eventos mensais Brasil afora em que os participantes se encontram para cultuar o Nadismo. Pela internet, ele avisa onde estará. Quando chega ao local, monta uma espécie de barraca desenvolvida por ele mesmo, que lembra um cubo branco e acabou virando um símbolo da coisa. A partir daí, é só fazer nada. Nem conversar pode. E quando alguém puxa conversa, ele logo avisa:
— Peraí, que agora eu estou fazendo nada.
Marcelo quer formar embaixadores do Nadismo em algumas cidades, para que os eventos possam acontecer com mais freqüência. No Rio, são 250 sócios. Mas, ao último encontro, realizado este mês na praia de São Conrado, apenas quatro compareceram.
O estudante de desenho industrial Guilherme Alves, de 19 anos, se associou ao Nadismo um dia antes do evento e foi lá conferir, de perto, a filosofia.
— Foi a concretização do que eu já praticava em casa. O Nadismo é um caminho para a felicidade — acredita.
Segundo Marcelo, o Nadismo é uma nova consciência de como aproveitar o tempo. As diretrizes básicas do movimento são: “Stop’n’joy!: desfrute o fazer nada sem pressa”; “Entregue-se: abandone a intenção de fazer nada, esqueça qualquer objetivo, o Nadismo não tem nenhum”; “Sossegue!: privilegie o silêncio e a imobilidade”; e “Observe: evite ocupar-se mentalmente, deixe a mente vagar como as nuvens”.
O Nadismo, movimento que reúne pessoas para ficar de bobeira, já tem mais de dois mil adeptos no Brasil
Reserve um tempo na agenda para fazer nada. Parece estranho, e é mesmo. Mas não custa tentar. É o que acredita o publicitário e designer gaúcho Marcelo Marboh, de 32 anos, o criador do Nadismo, um movimento que já tem mais de dois mil adeptos — gente entre 14 e 69 anos — no país. Praticar o Nadismo não tem contra-indicação, pode ser feito em qualquer lugar e é de graça. Mas atenção: passar o dia em frente à TV, fazer palavras cruzadas ou ler um bom livro não são a mesma coisa do que fazer nada.
— Nadismo é valorizar os momentos para fazer nada, sem cobrança, sem culpa — explica Marcelo. — Vale pensar em qualquer bobeira, menos usar esse tempo para ser mentalmente criativo.
Marcelo realiza eventos mensais Brasil afora em que os participantes se encontram para cultuar o Nadismo. Pela internet, ele avisa onde estará. Quando chega ao local, monta uma espécie de barraca desenvolvida por ele mesmo, que lembra um cubo branco e acabou virando um símbolo da coisa. A partir daí, é só fazer nada. Nem conversar pode. E quando alguém puxa conversa, ele logo avisa:
— Peraí, que agora eu estou fazendo nada.
Marcelo quer formar embaixadores do Nadismo em algumas cidades, para que os eventos possam acontecer com mais freqüência. No Rio, são 250 sócios. Mas, ao último encontro, realizado este mês na praia de São Conrado, apenas quatro compareceram.
O estudante de desenho industrial Guilherme Alves, de 19 anos, se associou ao Nadismo um dia antes do evento e foi lá conferir, de perto, a filosofia.
— Foi a concretização do que eu já praticava em casa. O Nadismo é um caminho para a felicidade — acredita.
Segundo Marcelo, o Nadismo é uma nova consciência de como aproveitar o tempo. As diretrizes básicas do movimento são: “Stop’n’joy!: desfrute o fazer nada sem pressa”; “Entregue-se: abandone a intenção de fazer nada, esqueça qualquer objetivo, o Nadismo não tem nenhum”; “Sossegue!: privilegie o silêncio e a imobilidade”; e “Observe: evite ocupar-se mentalmente, deixe a mente vagar como as nuvens”.
Mas o próprio avisa que, ao contrário do que parece, não é fácil cultuar o Nadismo.
Segundo ele, na correria de hoje, sempre que sobra um tempo livre na agenda a vontade é de marcar algum compromisso — importante ou não. Mesmo que seja uma atividade prazerosa, como ir ao cinema, ainda assim a pessoa estará fazendo alguma coisa.
Marcelo deixa claro que ser adepto do Nadismo não significa largar tudo e virar vagabundo profissional — é só uma forma de se opor ao “tudismo” tão em voga atualmente.
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