‘Ei, essa piada é minha!’
Humoristas registram ideias para proteger suas criações
Quando percebeu que o exclamativo “Ô raça!”, seu bordão-piada mais característico, estava sendo usado sob assinatura alheia, o humorista Tutty Vasques respondeu com outra piada: “Ei, pessoal, como diria a turma do Casseta: Piada não é como mulher — tem dono!”
Semana passada, Maurício Menezes denunciou que era seu o texto apresentado por um candidato a humorista no Faustão. Um dia depois, ele aparecia num evento reportado por Gente Boa contando a piada de que publicitário, quando falava com rico, fazia anúncio de vozes baixinhas, mas quando era para pobre aumentava o som e o locutor gritava “SUPERMERCADOS GUANABARA”.
Para sua surpresa, Maurício recebeu e-mail do amigo e humorista Fábio Porchat: “Maurício, essa piada da propaganda para pobre é minha!”. Riram muito, mas Maurício diz que tem a piada, como outras, registrada na Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
“Outro dia, numa mesa, disseram que a policia ia fazer um boneco de madeira, do Adriano. Ia encher de soldado e invadir a Vila Cruzeiro. Adriano de Troia. Rimos muito, mas de quem é essa piada?”, pergunta Maurício.
Para Cláudio Torres Gonzaga, do “Comédia em pé”, o roubo de piadas é imperdoável. “Mesmo dando o crédito, não acho legal”, diz. Cláudio dá como exemplo os humoristas que lançam mão do artifício do “como diria fulano de tal” e citam piadas de outros colegas em seus espetáculos. “É comum, mas não gosto. Na segunda vez, a piada soa velha e a pessoa que tinha ouvido, mesmo com crédito, não vai rir.”
Paulo Gustavo, de “Hiperativo” e “Minha mãe é uma peça”, confessa: “Eu roubei uma piada do Cláudio Gonzaga, mas foi sem querer.” Era a piada da moça que vai a uma loja, experimenta uma calça justíssima e pergunta à vendedora: “Tá dividindo?”. E a moça, sem saber que a pergunta era sobre o parcelamento do pagamento, responde: “um pouco”.
Paulo ouviu a piada de uma amiga vendedora e só depois soube que Cláudio a contava no seu espetáculo. “Às vezes eu dou o crédito para ele”, diz. “Mas não acho que foi roubo. Foi sem querer.”
Ele acha que tem gente que rouba, “mas não faz de maldade”. Dá como exemplo uma mesa cheia de comediantes, cada um contando suas piadas. “Sai coisa engraçada, se você usa depois, vale. Ficou no cosmos, alguém pegou.”
Quando percebeu que o exclamativo “Ô raça!”, seu bordão-piada mais característico, estava sendo usado sob assinatura alheia, o humorista Tutty Vasques respondeu com outra piada: “Ei, pessoal, como diria a turma do Casseta: Piada não é como mulher — tem dono!”
Semana passada, Maurício Menezes denunciou que era seu o texto apresentado por um candidato a humorista no Faustão. Um dia depois, ele aparecia num evento reportado por Gente Boa contando a piada de que publicitário, quando falava com rico, fazia anúncio de vozes baixinhas, mas quando era para pobre aumentava o som e o locutor gritava “SUPERMERCADOS GUANABARA”.
Para sua surpresa, Maurício recebeu e-mail do amigo e humorista Fábio Porchat: “Maurício, essa piada da propaganda para pobre é minha!”. Riram muito, mas Maurício diz que tem a piada, como outras, registrada na Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
“Outro dia, numa mesa, disseram que a policia ia fazer um boneco de madeira, do Adriano. Ia encher de soldado e invadir a Vila Cruzeiro. Adriano de Troia. Rimos muito, mas de quem é essa piada?”, pergunta Maurício.
Para Cláudio Torres Gonzaga, do “Comédia em pé”, o roubo de piadas é imperdoável. “Mesmo dando o crédito, não acho legal”, diz. Cláudio dá como exemplo os humoristas que lançam mão do artifício do “como diria fulano de tal” e citam piadas de outros colegas em seus espetáculos. “É comum, mas não gosto. Na segunda vez, a piada soa velha e a pessoa que tinha ouvido, mesmo com crédito, não vai rir.”
Paulo Gustavo, de “Hiperativo” e “Minha mãe é uma peça”, confessa: “Eu roubei uma piada do Cláudio Gonzaga, mas foi sem querer.” Era a piada da moça que vai a uma loja, experimenta uma calça justíssima e pergunta à vendedora: “Tá dividindo?”. E a moça, sem saber que a pergunta era sobre o parcelamento do pagamento, responde: “um pouco”.
Paulo ouviu a piada de uma amiga vendedora e só depois soube que Cláudio a contava no seu espetáculo. “Às vezes eu dou o crédito para ele”, diz. “Mas não acho que foi roubo. Foi sem querer.”
Ele acha que tem gente que rouba, “mas não faz de maldade”. Dá como exemplo uma mesa cheia de comediantes, cada um contando suas piadas. “Sai coisa engraçada, se você usa depois, vale. Ficou no cosmos, alguém pegou.”
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